quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Olhares que se olham
se deixam olhar-se
e naquela profundidade
perder-se
sem medo de afundar-se
em águas profundas e desconhecidas

Ao infinito
eu sigo
à vida desconhecida e lugares inimagináveis
verdades a serem descobertas e caminhos a serem percorridos
sem pressa de se chegar a algum lugar
a linha de chegada é hoje
e amanhã nada se sabe
apenas visualiza-se e espera
que concretize-se o desejo
de futuro idealizado,
concretizável, se apenas visto com o coração
se apenas sentido,
como sendo verdadeiro
o desejo que tanto fala
nosso corpo inteiro
com o universo em comunhão.

Ilustração de Yvonne McGillivray



Nenhum comentário:

Postar um comentário