quarta-feira, 5 de junho de 2013

Cosmo meu

Dentro de mim cabem tantos sentimentos
que me assusto, vez ou outra, com a profundidade de cada um.
São tantos poços, dentro do poço do meu ser,
poços que vão além do meu entendimento.
ora cheios, ora vazios. nunca pela metade.
E, no meio dessa minha estranheza toda,
reconheço no meu coração, a cada segundo a menos de vida,
sensações diferentes.
Me enterneço
enfraqueço
pondero
e penso.
Em um instante, caio da beira do precipício
noutro instante, já nado calmamente no rio que vem abaixo.
sequências, sequências... amores, prazeres, vontades, desejos...
intercalados... sozinhos.
encaixados no vai-e-vem do dia-a-dia.
Sigo sempre pelo incerto, pois é o único caminho possível
o resto não passa de falsas certezas
usadas para acalantar o pobre coração,
que pede uma folga, hora ou outra,
na confusão dos sentimentos.
E, no fim das contas,
ao me olhar no espelho, sinto que fui sempre a mesma,
mas nunca da mesma maneira.
sou como o oceano, em plena tempestade
ou
como o rio que corre fluido, sem parar
ou
como o lago, sereno.
Sou como o céu, como o sol, como a lua, como a terra;

Sou, na realidade, como o universo inteirinho
esse universo gigantesco, cheio de dúvidas
que carrego, desde sempre,
dentro do meu coração


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